A inadimplência no Brasil alcançou um nível alarmante. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de consumidores com o nome negativado atingiu 70,73 milhões de brasileiros adultos em maio de 2025. Esse total representa 42,59% da população adulta do país, impactando diretamente o varejo e a economia nacional.
Inadimplência no Brasil: números revelam cenário preocupante
Na comparação com maio de 2024, a inadimplência no Brasil cresceu 6,28%. Apesar de uma leve desaceleração no ritmo de crescimento mensal (de 1,09% em abril para 0,78% em maio), o cenário continua sendo de alerta.
Em suma, fatores como inflação persistente, alto custo de vida e crédito com juros elevados têm contribuído para o endividamento das famílias. Para o lojista, isso representa redução no fluxo de caixa, maior dificuldade no giro de estoque e queda no faturamento.
Além disso, os dados indicam tendências importantes:
- Crescimento de 46,17% no número de dívidas com mais de 3 anos de atraso;
- Faixa etária mais afetada: de 30 a 39 anos (23,67% dos inadimplentes);
- Dívidas de até R$ 1.000 representam grande parte dos casos.
O setor bancário lidera o crescimento das dívidas, com alta de 14,37%, principalmente relacionadas a cartões de crédito e empréstimos — o que evidencia o peso do crédito no orçamento familiar.
Diferenças regionais e impactos econômicos
Entretanto, a inadimplência não afeta todas as regiões do Brasil da mesma forma. Veja os destaques:
- Centro-Oeste: maior aumento de inadimplentes, com 8,19%;
- Sul: menor proporção de negativados, com 38% da população adulta.
Contudo, todas as regiões do país apresentaram crescimento no número de inadimplentes. Isso comprova que a inadimplência no Brasil é um desafio de alcance nacional, com impacto direto nas vendas do varejo e no comportamento de consumo.
Como a inadimplência afeta o varejo?
A inadimplência no Brasil impacta diretamente as operações de quem vende a prazo. Pois, com menos poder de compra, os consumidores evitam compromissos financeiros, o que reduz o ticket médio, compromete o fluxo de caixa e aumenta os riscos de calote.
Além disso, há aumento nos custos operacionais com cobranças, renegociações e inadimplementos — o que pode levar o próprio lojista ao endividamento. Portanto, é fundamental implementar estratégias eficazes para proteger o negócio.
Estratégias para reduzir o risco de inadimplência
Para proteger o fluxo de caixa, é importante ter uma política de crédito eficiente, investindo em análises detalhadas para identificar clientes de maior risco. Além disso, oferecer opções de renegociação atrativas, como prazos flexíveis e descontos, ajuda a recuperar dívidas e manter o relacionamento com o cliente. Essas ações são essenciais para reduzir prejuízos e fortalecer seu negócio.
A inadimplência no Brasil atingiu um patamar crítico. Para o lojista, isso representa mais do que um número: é um desafio direto no dia a dia do negócio. Mas também é uma oportunidade para quem souber se adaptar, ouvir o cliente e oferecer soluções viáveis.
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